21 de abr. de 2011

P.S. eu te amo!

Algumas pessoas (bem próximas até) me questionam sobre a minha capacidade de (não)amar.
Há algum tempo escrevi um texto aqui falando sobre como eu sei e posso ser romântica na medida que eu escolha a pessoa certa para poder demonstrar meu romantismo.
Eu sei amar. Sei amar até demais. Sei amar de várias formas.
O problema é que todos falam ou pensam em amor somente na forma romântica e quase carnal entre um homem e uma mulher, e eu não vejo as coisas por esse ângulo.
Quando eu falo de amor, também falo num ar romântico. Mas no romantismo do pensamento. No sonho e no carinho em que estão envolvidos os objetos amados.
Se falo do amor por meus pais, por exemplo, consigo sentir a imensa ternura deles por mim. O cuidado, a preocupação, o zelo por todos esses anos, a dedicação...enfim, tudo de maior em proteção e carinho me vem quando penso neles.
Por alguns amigos eu tenho pensamentos maravilhosos. Que me fazem sentir saudades no instante em que eles me vêm a cabeça. Me faz lembrar de cenas compartilhadas e me faz querer que todos, nesse exato momento, estejam felizes. (Gostaria de tê-los por perto, mas nem sempre é possível)
Uma vez, há alguns anos, pensei estar abrindo mão do meu amor, quando concordei que a melhor escolha seria deixar as coisas acontecerem, que fossem livres para tomar seu rumo...eu estava errada. O amor continuou ali. No início ele se escondeu um pouquinho, talvez por medo de tanta liberdade ou de que se saísse dali, algo poderia tomar o seu lugar. Depois ele foi percebendo que ele podia sair. Que saindo ele poderia conquistar outros espaços. E assim aconteceu. O amor que deixei livre migrou para a área da amizade e os dois juntos fizeram com que eu não deixasse de amar, mas sim, amasse de uma maneira diferente.
Essas coisas acontecem quando o amor é mais forte que o egoísmo, que o rancor, que a mágoa e principalmente que a nossa capacidade de olharmos sempre para o nosso umbigo.
Eu amo sim. Amo muitas pessoas. Algumas delas talvez nem saibam, por não reconhecer que o meu amor é livre. Porque me expresso de maneira diferente. Deixo-os livres porque não quero que voem.

P.S: eu te amo

4 comentários:

Paty Marangoni disse...

Refleti com esse teu texto, amiga! Show!! =**

Kamila disse...

Adorei o texto e entendo totalmente esse negócio de amor que vira amizade!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
amanuensedecadente disse...

ai, amor...melhor alimento, acho que os deuses nem comem, só vivem de amor