8 de abr. de 2010

MAIS DO MESMO

Eu sou uma em uma só, ou sou várias em várias pessoas.
Consigo me achar na amizade do ônibus, no cara que me vende pipoca, no meu melhor amigo da vida inteira da internet (o qual eu nunca  vi na vida) naquela minha melhor amiga de todos os anos, que teima em ser minha melhor amiga mesmo que a gente tenha mudado tanto que nem se reconheça mais (e agradeço todos os dias por ela insistir tanto), naquela pessoa que eu conheço a dias, meses, anos e que é tão especial que eu não poderia viver sem.
Estou presente nessas pessoas com um pouquinho de mim em cada uma. Porque me dôo de coração a tudo que faço e faço um pouco de tudo com o maior carinho do mundo.
Tenho meus amigos do HC que jamais esquecerei. São poucos e bons os amigos que acompanharam aquela ridícula adolescência e ainda hoje me fazem ir a shows de hard core pra me ver e ouvir dizer que tenho saudades.
Tenho os amigos das várias cidades que passei. Aqueles que trocaram email, msn, me adicionaram em todas as redes sociais que encontrei e que me fazem sentar a frente do computador e escrever emails sobre como estou me sentindo no dia de hoje.
Tenho aqueles amigos que me vêem durante o dia. Ligam, almoçam, jantam, me empurram pra vida social e que eu realmente não tenho ideia de como seria a minha vida sem eles.
Em todos eles eu me encontro um pouquinho e deixo também um pouco de mim.
Então você sinta-se amigo. Beije, abrace, me mande um email, porque eu vou adorar te chamar de MEU AMIGO!

5 de abr. de 2010

JOHN FRUSCIANTE

John Frusciante é daqueles que eu ouço, ouço, mas ouço taaanto que depois fico um bom tempo sem ouvir, aí volta o ciclo. To numa dessas voltas. Amando, apaixonada por ele, esse "homem de fases"
JF é sim um homem de fases. Passou do desconhecido pra fama, foi até o fim do túnel com a heroína, entrou e saiu do Red Hot Chilli Peppers algumas vezes.
No meio de tudo isso ele sempre teve um lado solitário, de querer se descobrir e fazer as coisas por ele mesmo. Daí sua carreira solo.
Ouvindo os discos dele dá pra sentir algumas de suas fases. Tem disco depressivo, tem disco falando sobre renascimento e descoberta, tem disco que é pura conversa dele com sua amiga (ou ex-amiga) heroina.
O que eu mais gosto, se é que eu consigo mesmo definir isso é o Curtains, que mostra uma dessas fases de renascimento, onde ele se solta e demonstra o que é e o que pensa, apesar da melancolia das músicas.
Então um pouquinho de Frusciante pra vocês:










MEU ANIVERSÁRIO É 18 de OUTUBRO!!!

Agora já sei o que eu quero ganhar de aniversário!
http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1554692-7085,00-FRANCES+ILUSTRA+HISTORIAS+DO+ROCK+EM+HQ.html

DJ SET por GUSTAVO BONFIGLIOLI

Seu nome é Gustavo Bonfiglioli, porém ele pode ser conhecido por inúmeros outros apelidinhos da vida. Contudo isso não é importante. O que importa aqui é que desde o ano passado ele vem se aventurando nas pick-ups em baladas alternativas de Florianópolis e arrastando pessoas pra remexer seus quadrizinhos enferrujados. Agora ele gravou uma mix-tape para mostrar aos que não costumam frequentar essas baladas o que  estão perdendo.
Taí:
http://soundcloud.com/gbonfiglioli/mixtape-improvisada

29 de mar. de 2010

Mais que dois...


A boca continuava seca. Fechada. O restante do rosto fachada ainda não me vira e muito menos me veria. Minha insistência em lamentar meu olho sobre ela não surtiu algum resultado. Era ou linda demais, ou uma farsa, daquelas que só se descobre quando já se perdeu todo o tempo do mundo, mas tempo era o que eu mais tinha. A ponta dos seus dedos, de tempo em tempo, lambia o rodapé das páginas e as deixava para trás, como ela certamente fazia com tudo na vida. Aquele livro lhe era agradável. A minha leitura dela lendo era me irritante. Com a outra mão, buscava a xícara que soltava um calor claro sobre sua boca. A boca molha. Ela retorna a xícara à mesa, lambe a página com os dedos mais uma vez e continua a ler. Seria necessário para mim mais do que um simples ruído para chamar a atenção. Desejava o seu olhar, sua boca, quem sabe a voz. Qual o desgraçado motivo de eu não ter ao menos o poder da mente para fazer com que ela me note. Ela puxa uma caneta e anota algo no papel. Fico curioso. Por que não tenho o poder de ler pensamentos. Não vi nem ao menos a capa do livro, para saber o assunto. Quem sabe eu poderia chegar até ela e dizer algo interessante, quem sabe eu poderia esbarrar no garçom e derrubar um suco qualquer nela e depois insistir que o culpado fora eu, que eu pagaria para ela um novo vestido e se ela quisesse, poderia até lhe dar um carro, uma casa, uma família, filhos, netos... Por que eu não tenho o poder?

Ali continua ela, alguns minutos, quem sabe horas e ainda não desviou o olhar para mim. Cheguei até a ter a certeza de que estaria morto. Um fantasma insignificante que se sente preso ao desprezo de alguém. Vira mais uma página. Dá mais um gole. Repete-se e não inova, não me olha. Olha... olha... - continuo insistindo com a mente - e ela não responde. Quem sabe eu pudesse chegar até ela e dizer - olha, eu estava te olhando e queria o seu olhar olhando o meu olhar também - patético. A música pára, o mundo pára e ela não... Não me canso. A luta por atenção vira obsessão, vira descrédito, que vira luta, que vira força, que se perde nas dúvidas e nos medos. Mais uma vez busca um papel e anota. O garçom lhe traz a nota. Ela não me olha e levanta-se. Passa pelo caixa, olha-o, sorri e lhe entrega um papel anotado. Fala algo e vai embora. Mergulho meu olho no meu café já frio. O garçom vem até mim e me dá um papel com a letra feminina: "demorou". Foi aí que descobri que as mulheres têm mais que dois olhos...



                                              [Texto de Walter Henrique Comine Maldonado.]

23 de mar. de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO, GONAS!


Para minhas Gonas roqueiras Ali Vidal e Bá Godoy. Uma velinha pra cada uma. Amo vocês...




Soneto de aniversário

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece. 


                                                      (Vinícius de Moraes) 

11 de mar. de 2010

REDAÇÃO

Eu só quero avisar que estou fazendo aula de Redação e técnicas de interpretação de texto. Isso quer dizer que supostamente eu vou melhorar meus textos e escrita. Melhor pra mim. Melhor pra vocês.

xxx

27 de fev. de 2010

DESCULPAS

Ando meio sem paciência com pessoas, peço desculpas aos meus amigos.
Daqui a pouco passa...

xxx

23 de fev. de 2010

E O QUE EU FAÇO COM ESSA MULHER NO CHÃO?

Estou escrevendo para relatar algo que aconteceu hoje e que me deixou muito indignada.
Ao meio dia fui com meu pai à sede da Prefeitura de Criciúma resolver uns problemas burocráticos. Estava muito calor e na parte térrea do prédio não há ar-condicionado. Não havia muitas pessoas e procuramos logo um lugar pra sentar e esperar nossa senha ser chamada. Foi então que ouvi um barulho, olhei pra trás e vi uma mulher caída ao chão. Em segundos todas as pessoas que estavam por ali rodeavam a mulher. O segurança tentou colocá-la sentada e ela caiu de novo e começou a dizer, ou tentar dizer, porque nessa hora ela tremia e parecia até estar tendo uma convulsão, que o coração estava doendo: “Ai meu coração!”, dizia ela. Eu de pronto peguei o celular e liguei para o 192 (SAMU) que imagino nessas horas ser o serviço mais apropriado para se ligar, e qual a minha surpresa quando a atendente me responde: “As duas ambulâncias que temos que atende Criciúma estão quebradas, não podemos fazer nada” e eu ainda pergunto: “E o que eu faço com essa moça aqui caída ao chão?” Mas não ouço resposta do outro lado da linha, só silêncio. Então meu pai começou a ligar para 193 (Corpo de Bombeiros) e a linha estava sempre ocupada. Nesse meio tempo um senhor abanava a moça caída sem parar e foram chamar alguém do Departamento da Saúde, como se as pessoas que trabalham na Secretaria da Saúde fossem obrigadas a saber lidar com essa situação. Que eu saiba elas só precisam fazer o concurso público da prefeitura. Meu pai continuava tentando ligar para o Corpo de Bombeiros. Ele fez 36, sim eu disse 36 tentativas e não conseguiu a ligação pelo 193. De repente chegou uma ambulância do mesmo Corpo de Bombeiros, aí me pergunto se na Prefeitura eles tem um outro número além do 193 ou se alguém que estava lá conseguiu completar a chamada que meu pai não conseguiu em 36 tentativas, e fizeram os primeiros socorros e tudo que deveria ser feito.
Não sei relatar o desfecho da situação pois me ausentei do local. Mas eu fico me perguntando se um lugar público, onde tantas pessoas circulam não deveria ter uma equipe treinada de primeiros socorros? E por que uma cidade como Criciúma, com quase 200mil habitantes tem apenas duas ambulâncias de SAMU e as duas estão quebradas? O que eu posso fazer então se eu, você ou alguém do seu lado passar mal no meio da rua ou até na minha própria casa?
Escrevi para que divulguem, para que os devidos órgãos tomem alguma providência em relação as ambulâncias, as linhas de atendimento de emergência e a atenção com a sociedade.
Obrigada,
Daniela Estevam

Enviei esta carta via email para um Jornal e uma Rádio influentes da cidade. Torço para que divulguem para que os responsáveis façam algo e que a população não pague mais pelo descaso destas pessoas.