4 de nov. de 2011
7 de set. de 2011
por onde andam as palavras?
Alguma coisa aconteceu com as minhas amigas Palavras e eu não sei o que foi.
Ou elas enjoaram de mim ou estão de birra, greve, qualquer coisa que as façam ficar bem longe dos meus pensamentos. Quem sabe até foram sequestradas...
Será que para fazer as pazes terei que chamar a dona Paixão ou o senhor Sofrimento? Soube por aí que eles estão muito ocupados cuidando de alguns corações despedaçados.
Mas e se elas realmente foram sequestradas? Eu bem que andei percebendo que as primas Cobiça e Inveja estavam a rodear este blog, mas daí a sequestrar as Palavras? Não, acho que não foram elas. Acho que nem foram sequestradas, senão seria muito simples. Pagaria um resgate feito em forma de textos, versos e rimas, sendo levados daqui para um outro lugar qualquer e escondido para que ninguém pudesse ver.
Pode ser que elas simplismente resolveram tirar umas férias. Sim! Foram passear em algum outro lugar, conhecer novas palavras, talvez um idioma diferente, algo que possa servir de inspiração para que elas voltem a brilhar por aqui.
É, faz tempo que não vejo minhas amigas Palavras, e ando sentindo falta delas.
11 de ago. de 2011
10 de ago. de 2011
Onde anda você? (pra melhorar o astral)
E por falar em saudade onde anda você
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
A onde anda você?
Onde andam seus olhos que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou louco de tanto prazer
E por falar em beleza onde anda a canção
Que se ouvia na noite dos bares de então
Onde a gente ficava,onde a gente se amava
Em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares,que apesar dos pesares,
Me trazem você
E por falar em paixão, em razão de viver,
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares, na noite, nos bares
A onde anda você?
(Vinicius de Moraes)
7 de ago. de 2011
?
Entre uma desesperança e outra vou sobrevivendo.
Tenho amigos, isso é fato. Alguns por mim escolhidos, outros a mim escolheram.
E aqueles que escolhi e não me escolheram? E aqueles que me escolheram e eu não os escolhi?
Como sentir? Como saber que estão sendo amigos? Como saber que não há mentira, interesse e um pouco de maldade nas pessoas que te cercam?
(...)
"A amizade é muito mais trágica do que o amor. Ela dura mais tempo" (Oscar Wilde)
(...)
"A amizade é muito mais trágica do que o amor. Ela dura mais tempo" (Oscar Wilde)
2 de ago. de 2011
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
30 de jun. de 2011
Riscado
A semana toda está acontecendo aqui em Florianópolis o 15º FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul). O evento conta com exposições, oficinas, fóruns de debate, apresentações de curta e longa metragens, além de vários eventos paralelos pela ilha. Algumas mostras são competitivas, outras apenas de apresentação.
Ontem a noite fui com uma amiga assistir a um longa metragem brasileiro: Riscado.
Um filme lindo, gostoso de assistir. Que nos envolve com a vida da protagonista. Recomendo o filme e recomendo que todos participem do evento, que é gratuito à população.
Um filme lindo, gostoso de assistir. Que nos envolve com a vida da protagonista. Recomendo o filme e recomendo que todos participem do evento, que é gratuito à população.
Sinopse: (retirada daqui)
Qual a importância da sorte na vida? Quanto esforço e talento são necessários para garantir uma carreira sólida? A sorte é parte do riscado? Bianca é uma excelente atriz, mas sua carreira ainda não deslanchou. Como ganha-pão, ela imita divas do cinema e trabalha divulgando eventos. Após fazer um teste para uma grande produção internacional, Bianca finalmente ganha o papel. Inspirado pela personalidade e o trabalho dela, o diretor do filme transforma a personagem do seu roteiro, em uma versão da própria Bianca, que será uma das protagonistas. Essa é a grande chance de sua vida?
15 de jun. de 2011
cotidiano
Todo dia ela acorda
Todo dia ela caminha
Todo dia ela pega o mesmo ônibus.
Todo dia ele acorda
Todo dia ele dirige pela mesma estrada
Todo dia ele ouve o mesmo noticiário
O fone no ouvido
O barulho da rua despercebido
E o pensamento voando longe
As caixas de som
A mesma repetição
E o pensamento voando longe
Todo dia ela volta no mesmo horário
Todo dia ela põe seu pijama listrado
Todo dia ela deita sem conclusão
Todo dia ele passa no supermercado
Todo dia ele bebe tentando esquecer
Todo dia o dia dele termina sem conclusão
Todo dia ela caminha
Todo dia ela pega o mesmo ônibus.
Todo dia ele acorda
Todo dia ele dirige pela mesma estrada
Todo dia ele ouve o mesmo noticiário
O fone no ouvido
O barulho da rua despercebido
E o pensamento voando longe
As caixas de som
A mesma repetição
E o pensamento voando longe
Todo dia ela volta no mesmo horário
Todo dia ela põe seu pijama listrado
Todo dia ela deita sem conclusão
Todo dia ele passa no supermercado
Todo dia ele bebe tentando esquecer
Todo dia o dia dele termina sem conclusão
13 de jun. de 2011
a arte de ouvir Roberto Carlos
Os hormônios femininos são um universo inexplicável.
Num dia eles te fazem querer mofar na cama, comendo tudo o que vê na frente, se sentindo gorda, descartável, desanimada...aí de repente tu acorda, abre a janela, vê o sol e levanta, toma um banho e sai de casa achando que está chamando atenção de todos os homens pela rua. É a gata da vez!
Há também os dias em que você só quer ouvir aquela música que conta a sua história - sim, porque todas as músicas românticas, bem dor de cotovelo, contam um pouco da história de alguém, não é? Você abre a sua lista e entre Bon Jovi, Radiohead, Marcelo Camelo ou John Frusciante, você acaba mesmo no Roberto Carlos.
Ah, o Roberto Carlos!
Como ele pode entender tão bem o universo feminino e escrever e cantar tudo o que queríamos ouvir?
E lá estava eu, na cozinha, fazendo a janta e ouvindo Roberto Carlos...
Obrigada Mamãe por me ensinar a ouvir as suas músicas!
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