27 de abr. de 2011

fale com ela

Comprei um livro hoje. O título é "Fale com ela"
Não, não é um romance ao qual se baseia o filme do Almodóvar. Quem assina o livro é Betty Milan.
Fiquei curiosa pelas frases que vem na orelha do livro.
"O amor é subversivo"
"Ninguém escolhe ser gay"
"Quem não diz não nunca diz sim"
"Sexo só é bom quando não é obrigado"

e por aí vai...
Parece que são crônicas da coluna da autora na Folha de SP.
Vou lê-lo, depois eu conto aqui.

21 de abr. de 2011

P.S. eu te amo!

Algumas pessoas (bem próximas até) me questionam sobre a minha capacidade de (não)amar.
Há algum tempo escrevi um texto aqui falando sobre como eu sei e posso ser romântica na medida que eu escolha a pessoa certa para poder demonstrar meu romantismo.
Eu sei amar. Sei amar até demais. Sei amar de várias formas.
O problema é que todos falam ou pensam em amor somente na forma romântica e quase carnal entre um homem e uma mulher, e eu não vejo as coisas por esse ângulo.
Quando eu falo de amor, também falo num ar romântico. Mas no romantismo do pensamento. No sonho e no carinho em que estão envolvidos os objetos amados.
Se falo do amor por meus pais, por exemplo, consigo sentir a imensa ternura deles por mim. O cuidado, a preocupação, o zelo por todos esses anos, a dedicação...enfim, tudo de maior em proteção e carinho me vem quando penso neles.
Por alguns amigos eu tenho pensamentos maravilhosos. Que me fazem sentir saudades no instante em que eles me vêm a cabeça. Me faz lembrar de cenas compartilhadas e me faz querer que todos, nesse exato momento, estejam felizes. (Gostaria de tê-los por perto, mas nem sempre é possível)
Uma vez, há alguns anos, pensei estar abrindo mão do meu amor, quando concordei que a melhor escolha seria deixar as coisas acontecerem, que fossem livres para tomar seu rumo...eu estava errada. O amor continuou ali. No início ele se escondeu um pouquinho, talvez por medo de tanta liberdade ou de que se saísse dali, algo poderia tomar o seu lugar. Depois ele foi percebendo que ele podia sair. Que saindo ele poderia conquistar outros espaços. E assim aconteceu. O amor que deixei livre migrou para a área da amizade e os dois juntos fizeram com que eu não deixasse de amar, mas sim, amasse de uma maneira diferente.
Essas coisas acontecem quando o amor é mais forte que o egoísmo, que o rancor, que a mágoa e principalmente que a nossa capacidade de olharmos sempre para o nosso umbigo.
Eu amo sim. Amo muitas pessoas. Algumas delas talvez nem saibam, por não reconhecer que o meu amor é livre. Porque me expresso de maneira diferente. Deixo-os livres porque não quero que voem.

P.S: eu te amo

20 de abr. de 2011

A Partir de Agora

Esqueça tudo que já fez
a partir de agora
Não vamos mais nos permitir assistir
e não viver

Esqueça os livros que já leu
Qualquer beijo que já deu
Nada do que sentimos ontem
vai nos segurar aqui

E nada mais vai ser uma suposição
Não existira limites entre o ceu e o chão
Não há dinheiro que nos faça desistir
De nos livrar de alguém e
Apenas seguir

Esqueça tudo que já fez
a partir de agora
Não vamos mais nos permitir assistir
e não viver

E nada mais vai ser uma suposição
Não existira limites entre o ceu e o chão
Não há dinheiro que nos faça desistir
De nos livrar de alguém
Apenas seguir

Seguindo em frente
Seguindo em frente

12 de abr. de 2011

O último


Missão não-cumprida.

E foi falhando na tentativa de salvar o romance de seu eterno apuro que me descobri inapto a viver com a cabeça leve. Quanto mais fundo cavamos em busca de significados perdidos, mais difícil e utópica se torna a nossa volta para a superfície. O podre se apega a nós, nos persegue, nos tira a razão e a infinita corrida em direção à luz nos faz perceber em profundidade que estamos TODOS – sem exceção – perdidos como náufragos ao mar. E a luz, sempre à frente, inalcançável, guiando-nos pelo seu trajeto torto e cheio de armadilhas.

Felizes os ingênuos, os burros, e os filhos-da-puta.

Percebo o peso da idade quando sinto em minha mente a presença de cada vez mais pensamentos aos quais eu não posso – ou não consigo – dar vazão. Sempre tive facilidade na hora de traduzí-los em parágrafos, mas esse artesanato leva tempo, é cansativo e, certas vezes, quando finalmente deglutimos um assunto, já somos atropelados pela urgência de uma vida que somos obrigados a viver, do abrir ao pregar dos olhos. A vida passa fulminante enquanto escrevemos sentindo e avaliando o peso de cada palavra. Incapazes de expressar mazelas e exorcizar demônios criados por nós mesmos, adoecemos em lenta morte, infeccionados pelos nossos próprios defeitos.

Escrever aqui foi o que me impediu de fechar os olhos a essa luz. Esbravejar por escrito – mesmo que para destinatários que desconheço – é confortante, justamente quando não me serviam mais as opiniões sensatas. Digo isso porque, afinal, lá no fundo, a gente sempre sabe quando tá fazendo merda. E é nesse ponto que eu discordo de quem diz que somos, essencialmente, bons e puros de espírito. Na verdade, compactuo com a hipótese de que, se não exercermos controle firme sobre nossos pensamentos e atitudes, transformamo-nos em nada mais do que o lodo do lodo. O erro está na nossa alma, e cada descuido é um curativo para as mais-de-mil chagas que se espalham por sua superfície.

Descobrir-se imperfeito, defeituoso e incapaz (e escrever sobre isso) é o que me impede de desmoronar. Essa obra inacabada que todos somos precisa de andaimes, estacas e apoios para se manter de pé. Família, amigos, músicas, drogas… usamos o que temos ao nosso alcance, embora saibamos que jamais estaremos prontos. Jamais.

Viver é perigoso. O mundo é veloz, cruel, e cheio de arestas. Só está a salvo quem está morto.

6 de abr. de 2011

caí...e não tem ninguém aqui embaixo pra me ajudar.

Ponte Aérea


Quando você chegar
Lembre que eu vivo no mesmo lugar
Você não sabe o quanto eu fiquei
Esperando você me ligar
Não sei falar francês
Mas já fiz tanta coisa pra te impressionar
Já fui bandido e já fui heroi
Viajei do asfalto até o mar
Quando você voltar
Me chame pra sair, pra me libertar
Sei que você pensa em me ver
Mas não tem coragem de falar
Errei, mais de uma vez
Mas quem vive essa vida com medo de errar
Quantas vezes eu te procurei
E encontrei alguém no meu lugar
Eu tenho tanto pra dizer
Pra quem não quer me escutar
Eu vou parar de me esconder
Eu vou viver
Quando você chegar
Eu quero o que não posso ter
Até já cansei de esperar
Vou cantar para o mundo ouvir
Não vou desistir
Quando você voltar

31 de mar. de 2011

Your Legs Grow - e me ajudam pra eu não cair


If you were here
Baby we'd increase the dose
There was no fear
In my room when we got close
Call me anytime you've got a ghost

You're the only person in the world
I feel that way about
And if you move off to the side
I'll get swept back out
Where it's cold but not that deep
Cos your legs grow
Cold but not that deep
Cos your legs grow

There's a lot that rises up
From the bottom of the lake
And its beam has hit me hard
Now i'm wide awake
Where it's cold but not that deep
Cos your legs grow
Cold but not that deep
Cos your legs grow

If you were here
Baby we'd increase the dose
There was no fear
In my room when we got close
Call me anytime you've got a ghost



(Estava eu ouvindo Nada Surf antes de dormir, quando ouvi essa música, que por sinal já ouvi milhões de vezes na vida, parei e pensei: "OMG, ela é quase o txt que escrevi hj!" por isso resolvi colocá-la aqui. Quando eu digo que a música não está me ajudando...)

não solta da minha mão

Tenho saudades de quando eu achava que sabia o que queria. Quando eu achava que, pelo menos uma boa parte da minha vida, aquela que a gente imagina na infância/adolescência; de se formar, trabalhar, namorar, casar e ter uma linda casinha com flores, filhos e um cachorro, já estava resolvida. Tinha uma segurança falsa. Mas para mim, na época, era uma segurança.
Vem os problemas e por algum motivo que talvez não seja o mais importante, mas somado à todos os outros, o chão desaba numa cratera obscura. Tentar ficar em pé parece fundamental para não cair junto com o chão.
Por meses fui tentando ficar de pé. Escorregava, voltava, escorregava, voltava. Até que consegui, por mim mesma, manter-me em linha reta e não mais cair.
Mas o equilíbrio é sem dúvida a parte mais difícil de se aprender na vida. Muitas coisas podem afetar esse equilíbrio e te fazer cambalear ou até mesmo cair. Depois de um ano e meio equilibrada, eis que surge algo tentando me fazer cair. Gritando "Saia desse equilíbrio! Caia e viva um pouco mais suas emoções!"
Não que não se viva emoções quando se está equilibrada, mas ao tombar da corda bamba o frio na espinha é instantâneo e nunca se sabe o que estará lá embaixo.
Me sinto perdida. Muitas vezes querendo descer por mim mesma, muitas vezes querendo me agarrar a qualquer ponto que me traga a segurança de volta para de jeito nenhum me deixar cair.
Os hormônios não me ajudam, as músicas não me ajudam e a corda balançando a todo momento também não me ajuda, muito pelo contrário. Me faz rever o tempo em que escorregava. Me faz pensar nesse tempo em que fiquei de pé. Me faz ter náuseas, dor no estômago, tonturas repentinas e também alguma felicidade. Essa vem ao saber que quando cair, alguém estará lá pra me ajudar a ficar de pé. Alguém amortecerá minha queda. Mas nem sempre essa certeza aparece. Ela vem e vai de uma maneira tão sutil, que as vezes fico me perguntando se ela realmente esteve lá, se por acaso, no meu desespero, imaginei-a segurando minha mão.
Por enquanto me seguro naqueles pequenos pontos de segurança. Mas me sinto zonza, cambaleando e com medo de cair.

10 de mar. de 2011

stalker

facebook, twitter, orkut, blog, fotolog, msn, gtalk, formspring...
midias (anti) sociais que nos põe a exposição de qualquer um a qualquer momento.
Meu nome está em 15 listas do twitter, a maioria de pessoas que eu nunca tive contato. Até esse momento tenho 535 amigos no facebook e tem dias que não acho uma alma pra ir a praia ou simplesmente tomar um café.  Não estou reclamando, não acho ruim. Só fico pensando na capacidade das pessoas "seguirem" a vida da outra. Querer saber, querer participar, opinar, ajudar pessoas que nunca viram na vida.
E a vizinha da porta da frente, você conhece? Você já a convidou pra tomar um café e conversar, falar de filmes, livros, música, da sua vida? Perguntar o que ela faz, do que ela gosta e mostrar o clip novo do Radiohead?
Paredes se tornaram bloqueio muito maior que distância. Conversar e conhecer pessoas frente a frente torna-se cada dia mais complicado.
É, a vida está ficando difícil.
Felizes os que teclam, os que postam e os que estão OnLine.

4 de mar. de 2011

Lovers Are In Trouble


Lovers are in trouble
And these troubles have no end
They come alone and in couples
And their forms are different
Everyone's all alone in this lonesome town
I just can't see anyone around

Lovers aren't laid down on their confy, cousy beds
No one talks to each other
They're too busy taking meds
And I just don't know what to do without you
I just don't know what the hell I do

I came from a place where lovers remain lovers
And they love until the end
They love, and love each other
They don't follow any trend
They just don't really want
They just don't really care about

Saying "I'm (so) sorry"
I'm telling I'm sorry

For not being who you want
Not being who you care
I'm not the one you love

Oh, baby, I'm (so) sorry

For not being who you want
For not being who you love
For not being who you care

I don't care
About being perfect all the time



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Lovers Are In Trouble - Beeshop